Milton Ribeiro entrega carta de demissão depois de denúncias que apontam gabinete paralelo em ministério. Na Petrobras, Joaquim Silva e Luna cai por causa da política de preço dos combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou, nesta segunda-feira (28/3), dois auxiliares do governo que estavam no centro das críticas de opositores nos últimos dias: Milton Ribeiro, ministro da Educação, e Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras. Os substitutos estão definidos e devem ser divulgados oficialmente nesta terça-feira.
Na Educação, desde a semana passada, Milton sofria pressão pelas denúncias que apontaram para existência de um gabinete paralelo no ministério. Segundo acusações de prefeitos e pessoas ligadas à educação, os pastores evangélicos Gilmar dos Santos e Arilton Moura prometiam liberação de verba em troca de comissão. Os envolvidos na denúncia negam as acusações. Victor Godoy, secretário-executivo do Ministério da Educação, é o mais cotado para assumir o lugar de Milton.
Na Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna vinha recebendo críticas até de Bolsonaro pela política de preços dos combustíveis. O economista Adriano Pires vai assumir o cargo interinamente. Rodolfo Landim, presidente do Flamengo e amigo de Bolsonaro, deve ser indicado ao posto em abril. Bolsonaro não se pronunciou, nesta segunda-feira, sobre as mudanças.