De acordo com dados divulgados pelo IBGE, mais de 102 milhões de brasileiros estão trabalhando, sendo 39 milhões com carteira assinada.
O dado ajudou a puxar a taxa de desocupação para 5,6% no trimestre encerrado em julho o menor nível desde 2012, surpreendendo o mercado.
(Imagem: O Globo)
Mas aqui cabe um ponto importante. O índice acima refere-se à pessoas maiores de 14 anos que estão sem trabalho e procuram emprego. Quem não busca trabalho seja por estudar, cuidar da casa ou outros motivos fica fora da conta.
Outro detalhe relevante é que interfere no comparativo é o fato de o IBGE ter “trocado a lente da câmera” recentemente.
Desde julho, a conta passou a usar como base o Censo 2022, que revisou a população brasileira para baixo.
Ou seja, o denominador encolheu e, naturalmente, a taxa aparece menor. É como se o país tivesse “emagrecido” não só pela dieta (economia), mas também pela balança nova (ajuste estatístico).
Tá, e o que isso significa na prática?
Mesmo com esses asteriscos, o resultado mostra aquecimento. Com mais brasileiros empregados, as pessoas passam a ter mais dinheiro renda média subiu para R$ 3.484, o que favorece uma alta no consumo.
O outro lado da moeda, contudo, é que acaba sendo um sinal de alerta: com menos pessoas disponíveis para trabalhar, empresas passam a disputar mão de obra, aumentando salários e custos um motor clássico para o crescimento da inflação.