Segundo o IBGE, em 2024, 1,65 milhão de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho infantil.
Isso é 2,1% a mais que no ano anterior, mas ainda menos do registrado entre 2016 e 2022 — não há dados em 2020 e 2021.
(Imagem: G1)
A alta se concentrou em adolescentes mais velhos, de 16 e 17 anos, justamente na fase em que a escola deveria preparar para a entrada formal no mercado de trabalho. Em vez disso, parte deles já está ocupando vagas precárias e mal remuneradas.
- Por outro lado: O número de jovens nas piores formas de trabalho — aquelas atividades perigosas ou insalubres — caiu para 560 mil, o menor nível desde 2016.
O risco imediato é menor, mas são mais crianças espalhadas em ocupações informais que parecem inofensivas, mas roubam tempo de estudo e atrasam a vida escolar.
O impacto aparece cedo. Quem trabalha nessa faixa etária ganha, em média, R$ 845 por mês, contra R$ 1.083 de quem entra pela via formal, como aprendiz.
A diferença também aparece na escola. A parcela que trabalha tem 88,8% de frequência, contra 97,5% da média nacional.