Nunca houve tantos pedidos de demissão no Brasil

de Návio Leão

(Imagem: Felipe Menezes / Metrópoles)

Durante décadas, a lógica era agarrar o emprego e segurar firme. Agora, a regra virou outra. Com um mercado mais dinâmico e novas gerações mais desapegadas à ideia de estabilidade, pedir demissão virou escolha comum.

Em 2024, 37% de todos os desligamentos no país foram voluntários. E dentro dessa massa, 2 se destacam:

  • Jovens de 17 a 24 anos, que representaram 42% dos pedidos em janeiro.
  • E mulheres do comércio, representando mais de 40% das saídas no setor.

A tendência é global. Uma pesquisa com 3,3 milhões de funcionários em 2025 mostrou que metade deles pensa em deixar o emprego atual.

A GenZ até ganhou apelido para isso — office frogging, o hábito de ‘’pular de folha em folha como um sapo’’ em busca de flexibilidade e aprendizado rápido.

Além da nova mentalidade, pesam o crescimento do empreendedorismo — 2,8 milhões de novas microempresas em 2024 — e a popularização do trabalho remoto, que dá alternativas fora do CLT.

Para as empresas, isso não é detalhe de RH. Trocar um funcionário pode custar até o dobro do salário anual dele, considerando treinamentos, seleção e produtividade perdida.

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