O agro brasileiro colhe o que os EUA perderam

de Návio Leão

(Imagem: Ricardo Stuckert)

China e EUA sempre foram grandes parceiros na compra e venda de produtos e commodities, principalmente quando o assunto é soja. Mas as coisas estão mudando.

O país asiático, maior comprador mundial do grão, reduziu as importações dos EUA de 26,5 milhões de toneladas em 2024 para apenas 5,8 milhões este ano — uma queda de quase 80%.

  • O movimento tem se agravado nos últimos tempos. Entre junho e agosto, nenhum carregamento americano chegou aos portos chineses, e Pequim não fechou contratos da nova safra.

Se não bastasse a queda na soja, a comercialização de milho, trigo e sorgo também despencaram, e as exportações agrícolas ao país asiático devem cair 30% em 2025, o que tem gerado revolta dos produtores americanos.

Revolta americana, alegria brasileira

Com o caminho aberto deixado por Washington, os produtores brasileiros estão aproveitando para “fazer a festa”.

Já são 77 milhões de toneladas de soja vendidas à China neste ano, número recorde que consolida o país como principal fornecedor global.

Além disso, o país tem expandido sua fatia nas exportações de milho e carne para a China — fortalecendo a balança comercial e reforçando o peso do agronegócio brasileiro no comércio global.

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