
De acordo com dados do Censo Demográfico de 2022 divulgados pelo IBGE, mais de um terço (35,3%) dos trabalhadores do país — o equivalente a 31,3 milhões de pessoas — ganhava até R$ 1.212 por mês em 2022.
Enquanto isso, apenas 7% recebiam mais de 5 salários mínimos (R$ 6.060), mostrando a forte concentração de renda no topo.
A grande maioria está no meio do caminho: 2 em cada 3 brasileiros vivem com um a dois salários mínimos.
Os números também escancaram a diferença entre gêneros. Os homens tiveram rendimento médio de R$ 3.115, enquanto as mulheres ficaram em R$ 2.506 uma diferença de 24%, mesmo com elas estudando mais.
O mapa da renda também muda conforme a região: no Nordeste e Norte, os trabalhadores ganham cerca de 70% da média nacional (R$ 2.851), enquanto o Centro-Oeste e o Sul puxam a fila, com mais de R$ 3 mil de rendimento médio.
Apesar do abismo, há um pequeno respiro: a metade mais pobre da população foi a que mais viu o salário crescer — 10,7% acima da inflação.
Embora os valores ainda reflitam os efeitos da pandemia e não capture totalmente a recuperação recente do mercado de trabalho eles indicam um dado conhecido: o Brasil segue sendo um país em que a renda não cresce na mesma velocidade dos empregos.