Do balcão para a tela: agências bancárias diminuem enquanto o digital domina

de Návio Leão

Uma cena cada vez mais rara no Brasil é a de alguém entrando em uma agência bancária. E o Banco Central confirma: em dez anos, o país perdeu cerca de um terço dessas unidades. Hoje, são aproximadamente 15,5 mil agências, contra mais de 23 mil registradas em 2015.

Nos últimos anos, instituições como Bradesco, Itaú e Santander aceleraram a redução de custos, substituindo muitas agências por estruturas menores e mais simples. A mudança acompanha o avanço da digitalização: atualmente, 82% das transações bancárias são feitas por canais digitais — e 75% delas acontecem diretamente pelo celular.

Entre os grandes bancos, o Bradesco lidera o fechamento de unidades, com cerca de 2,5 mil a menos. Em seguida vem o Itaú, com redução de 2,1 mil agências, e o Banco do Brasil, que fechou cerca de 1,5 mil.

O crescimento dos bancos digitais deixa claro o novo cenário. Fintechs como Nubank, Inter e C6 já somam mais de 180 milhões de contas no país, consolidando seu espaço em um mercado cada vez mais conectado.

Curiosamente, o ritmo de fechamento de agências no Brasil supera o dos Estados Unidos, mostrando que, por aqui, a migração para o ambiente digital tem sido ainda mais intensa.

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