(Imagem: The Jerusalem Post)
Devolver movimento a quem perdeu: essa é a meta de pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, que deram início aos primeiros testes em humanos de um implante de medula espinhal cultivada em laboratório.
- A técnica já havia mostrado resultados históricos em animais: mais de 80% voltaram a andar, mesmo em casos de lesões crônicas.
O processo é altamente personalizado.
- Primeiro, células do sangue do paciente são reprogramadas em células-tronco.
- Em seguida, combinadas a um hidrogel feito a partir de gordura corporal, passam a formar tecido nervoso em 3D. Esse material é implantado na região lesionada, recriando conexões elétricas interrompidas.
Lesões na medula espinhal estão entre os poucos danos do corpo humano que não se regeneram naturalmente — hoje não existe cura.
Segundo a OMS, mais de 15 milhões de pessoas no mundo convivem com esse tipo de condição, geralmente causada por acidentes de trânsito, quedas ou violência.
O primeiro implante deve ocorrer dentro de um ano. Para os cientistas, o marco vai além da ciência: é a chance de transformar um diagnóstico até agora irreversível em uma possibilidade de reabilitação.