
A tarifa de energia elétrica residencial registrou alta de 3,04% no Brasil em julho e foi novamente o item de maior impacto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, divulgado nesta terça-feira (12/08) pelo IBGE. A inflação do país foi de 0,26%, subindo 0,02 ponto percentual em relação a junho.
“De janeiro a julho, energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual no resultado acumulado do IPCA. Esta variação é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%.”, destacou o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
A conta de luz teve influência de 0,12 pontos percentuais (p.p) no IPCA mensal. O item já havia sido o principal fator de impacto nos meses de maio (0,14 p.p) e junho (0,12 p.p). Ao longo de 2025, a inflação do Brasil acumula alta de 3,26%. “Sem a contribuição da energia elétrica, o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%”, informou o Gonçalves.
No mês passado, foi mantida a bandeira tarifária vermelha patamar 1, vigente desde junho, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Além disso, o IBGE destaca que a alta reflete reajustes de distribuidoras de energia em diversas regiões do país.
Houve aumento de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo, vigente desde 4 de julho; 1,97% em Curitiba, desde 24 de junho; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre, a partir de 19 de junho, além da redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro, a partir de 17 de junho.
Tarifas acima da inflação em 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na segunda-feira (11/08) uma projeção revisada dos índices de reajuste e revisão das tarifas de energia elétrica, com efeito médio tarifário em 6,3% em 2025, superando as estimativas anuais do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e do IPCA, que são de 1,3% e 5,1%, respectivamente.
A projeção inicial, divulgada em março, era de efeito médio tarifário de 3,5%. Conforme a agência, a mudança ocorre em função dos valores homologados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que teve o orçamento aprovado em R$ 8,6 bilhões maior do que o previsto.