Enquanto EUA e China enfrentam tensões, o Brasil amplia exportações

de Návio Leão

As disputas comerciais entre Estados Unidos e China continuam impactando o comércio global e abrindo espaço para o Brasil.

Segundo dados da alfândega chinesa, as exportações da China cresceram 4,8% em maio na comparação anual. No entanto, os embarques para os Estados Unidos caíram mais de 35% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando US$ 28,8 bilhões.

As importações chinesas de produtos americanos também recuaram 7,4%, somando US$ 10,8 bilhões.

Nesse cenário, o Brasil tem se beneficiado diretamente. Com a retração nas transações entre Washington e Pequim, as exportações brasileiras para a China cresceram, especialmente no setor agrícola.

A China bateu recorde na importação de soja brasileira no último mês: cerca de 14 milhões de toneladas, mais que o dobro do volume registrado em março.

Em 2024, o Brasil já havia sido responsável por quase 70% da soja importada pela China. Agora, amplia ainda mais sua presença no maior mercado consumidor do mundo.

Enquanto representantes americanos e chineses tentam negociar uma trégua tarifária em Londres, válida por 90 dias, o Brasil consolida sua posição como fornecedor estratégico.

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