
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou os testes de um aplicativo de mensagens próprio, voltado para comunicações internas da administração federal. A medida pode representar a substituição gradual do uso do WhatsApp em setores estratégicos do governo.
A proposta não é inédita: durante o governo Bolsonaro, o aplicativo Athena chegou a ser utilizado, mas acabou abandonado. Agora, o projeto foi retomado com força após o episódio de 8 de janeiro, quando alertas sobre ataques às sedes dos Três Poderes foram enviados pelo WhatsApp, gerando preocupações com a segurança de dados sensíveis.
Inicialmente restrito ao Sistema Brasileiro de Inteligência, o aplicativo poderá ser disponibilizado para toda a máquina pública. Ele oferecerá funcionalidades semelhantes às dos mensageiros mais populares, como chamadas de voz e vídeo, envio de documentos e criação de grupos, mas contará com criptografia própria e servidores hospedados no Brasil.
A iniciativa busca resolver dois problemas centrais: o risco de vazamento de informações e a dependência de tecnologias estrangeiras. Na prática, a ideia é manter conversas estratégicas sob total controle do governo.