“Na Goinfra fazemos engenharia qualificada, não conta de padeiro”, rebate Pedro Sales sobre obra em Pires do Rio

de Návio Leão

Pedro Sales defende obra da GO-330 em Pires do Rio e garante transparência: “Foi auditada e aprovada, não aceitamos conta de padeiro”. Foto: Captura de tela/Vídeo: Instagram

O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, respondeu nesta quinta-feira (10/07), às acusações do prefeito de Pires do Rio sobre um suposto superfaturamento no contorno viário oeste da GO-330, recém-inaugurado no município.

O prefeito alegou que a obra custou cerca de R$ 6 milhões por quilômetro, valor bem acima da média estadual, que ele estimou em R$ 2 milhões por quilômetro. Segundo ele, essa diferença indicaria irregularidades.

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Obras têm características diferentes

GO-330 recebe contorno viário Oeste em Pires do Rio, obra de 12 km que melhora tráfego e atende antiga demanda da população e do setor produtivo. Foto: Adalberto Ruchelle

Pedro Sales rebateu as afirmações, explicando que não se pode comparar obras comuns com um anel viário construído em terra virgem. Segundo ele, a obra de Pires do Rio exigiu muito mais serviços, como grandes movimentações de terra, desapropriações e dispositivos de segurança.

“Você não tira uma média comparando rodovias em leito natural com uma obra desse porte. Só de desapropriações foram mais de R$ 7 milhões. Além disso, investimos R$ 2,5 milhões em defensas metálicas em mais de seis quilômetros”, detalhou.

Projeto mais robusto

Além desses fatores, a obra incluiu quatro trevos, uma intervenção com a VLI e um pavimento mais espesso, com tecnologia TSD e CBUQ. Isso tudo, conforme o presidente, explica o custo final, de aproximadamente R$ 75,4 milhões para os 12,44 km.

“Trata-se de um projeto mais robusto, que naturalmente tem um custo por quilômetro acima da média de rodovias convencionais”, acrescentou.

Obra foi auditada e aprovada

Pedro Sales também lembrou que a obra passou por auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que vistoriou o local, realizou testes e concluiu que não houve dano ao erário público. O processo foi arquivado em dezembro de 2024, e o relatório está disponível para consulta pública.

Denúncias devem ter embasamento

Por fim, o presidente da Goinfra afirmou que qualquer cidadão ou autoridade tem o direito e o dever de denunciar irregularidades. Mas, para ele, isso deve ser feito com responsabilidade e embasamento.

“Estamos sempre prontos para responder a sociedade. Mas não aceitamos acusações levianas, baseadas em ‘contas de padeiro’. Aqui, fazemos engenharia qualificada”, finalizou.

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