
O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, respondeu nesta quinta-feira (10/07), às acusações do prefeito de Pires do Rio sobre um suposto superfaturamento no contorno viário oeste da GO-330, recém-inaugurado no município.
O prefeito alegou que a obra custou cerca de R$ 6 milhões por quilômetro, valor bem acima da média estadual, que ele estimou em R$ 2 milhões por quilômetro. Segundo ele, essa diferença indicaria irregularidades.
Leia também:
-Caiado inaugura contorno viário em Pires do Rio
-Caiado rebate acusações de prefeito sobre obra em Pires do Rio
Obras têm características diferentes

Pedro Sales rebateu as afirmações, explicando que não se pode comparar obras comuns com um anel viário construído em terra virgem. Segundo ele, a obra de Pires do Rio exigiu muito mais serviços, como grandes movimentações de terra, desapropriações e dispositivos de segurança.
“Você não tira uma média comparando rodovias em leito natural com uma obra desse porte. Só de desapropriações foram mais de R$ 7 milhões. Além disso, investimos R$ 2,5 milhões em defensas metálicas em mais de seis quilômetros”, detalhou.
Projeto mais robusto
Além desses fatores, a obra incluiu quatro trevos, uma intervenção com a VLI e um pavimento mais espesso, com tecnologia TSD e CBUQ. Isso tudo, conforme o presidente, explica o custo final, de aproximadamente R$ 75,4 milhões para os 12,44 km.
“Trata-se de um projeto mais robusto, que naturalmente tem um custo por quilômetro acima da média de rodovias convencionais”, acrescentou.
Obra foi auditada e aprovada
Pedro Sales também lembrou que a obra passou por auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que vistoriou o local, realizou testes e concluiu que não houve dano ao erário público. O processo foi arquivado em dezembro de 2024, e o relatório está disponível para consulta pública.
Denúncias devem ter embasamento
Por fim, o presidente da Goinfra afirmou que qualquer cidadão ou autoridade tem o direito e o dever de denunciar irregularidades. Mas, para ele, isso deve ser feito com responsabilidade e embasamento.
“Estamos sempre prontos para responder a sociedade. Mas não aceitamos acusações levianas, baseadas em ‘contas de padeiro’. Aqui, fazemos engenharia qualificada”, finalizou.