Está faltando dinheiro na carteira dos trabalhadores brasileiros. De acordo com dados da CNC, a inadimplência bateu recorde no país no mês passado, atingindo 30% das famílias brasileiras.
(Imagem: Economista Visual)
O dado mais preocupante, porém, é que 13% afirmam não ter condições de pagar suas dívidas — o maior percentual desde o início da série histórica, em 2010.
Os números mostram que 79% das famílias estão endividadas, e quase metade (48,7%) dos inadimplentes acumulam débitos há mais de 90 dias.
Em média, 1/3 da renda familiar é comprometido com o pagamento de dívidas — reflexo direto dos juros altos e da dificuldade de renegociação.
O aumento foi mais forte entre famílias que ganham até 3 salários mínimos, mas até as faixas de renda mais altas sentiram o impacto. Entre quem ganha mais de dez salários mínimos, o índice subiu para quase 70%.
E por que isso está acontecendo? Bom, a razão se deve ao fato de que, mesmo com o desemprego em queda, a renda das famílias não tem acompanhado a inflação dos últimos anos.
- Itens básicos — como alimentação, energia e aluguel — ficaram mais caros, e isso reduziu o dinheiro que sobra no fim do mês para pagar dívidas.
Além disso, os juros elevados têm encarecido renegociações e ampliado o risco de um efeito bola de neve nas contas das famílias.
Bottom-line: Mas o aperto não se restringe apenas aos “PFs”. A inadimplência empresarial chegou a 8 milhões de CNPJs, o maior nível já registrado. Clique aqui para ver o crescimento.