O efeito dominó dos remédios infantis para TDAH

de Návio Leão

(Imagem: www.sparkmentalhealth)

Embora com causa desconhecida, cada vez mais crianças estão sendo diagnosticadas com TDAH. As estimativas indicam que a doença atinge entre 5% e 7% dos jovens mundialmente.

Nos EUA, +7 milhões de crianças entre 3 e 17 anos têm o transtorno, sendo que metade delas faz uso de medicação. E é aí que pode morar um grave perigo que poucos conseguem enxergar.

Uma análise do WSJ mostra que 1 em cada 5 crianças que usa remédio para TDAH acaba tomando outros psicotrópicos nos anos seguintes — sejam eles antidepressivos, estabilizadores de humor e até antipsicóticos.

O que explica isso? Em muitos casos, os efeitos colaterais do primeiro remédio — como insônia, irritabilidade ou perda de apetite — acabam levando a novas prescrições para “equilibrar” o tratamento.

  • Ou seja: uma medicação abre espaço para outra, que abre espaço para outra… criando uma “bola de neve” de medicamentos.

O cenário preocupa ainda mais entre os mais novos. Crianças de 4 a 6 anos que começaram a tomar remédios cedo foram justamente as mais propensas a receber outras drogas depois.

Esse padrão não está restrito aos EUA. A Austrália tem registrado aumento de casos de “intoxicação medicamentosa” ligada a remédios para TDAH, com efeitos graves como queda de pressão e dificuldade respiratória.

Font: The News

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