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Lembra da “reduflação”, quando as marcas reduziam o tamanho de uma bolacha ou barrinha de cereal, por exemplo? Bom, ela ficou no passado.
Agora, a nova moda é a “alteraflação”, que nada mais é do que as empresas mudando a fórmula de produtos como biscoitos, chocolates e laticínios para reduzir custos e proteger margens.
Um exemplo clássico é o leite condensado. Em alguns rótulos, o nome já não é mais esse — virou “mistura láctea condensada”, resultado da substituição de parte do leite por vegetais e gorduras. O preço na etiqueta, porém, segue igual.Ainda há outros, como o iogurte sem creme ou o biscoito sem cacau. O aumento global no preço de matérias-primas é utilizado como justificativa pelas empresas, embora, na prática, os preços ainda tenham aumentado. | ![]() |
No 1º semestre de 2025, iogurtes e bebidas lácteas subiram 4,2%, em comparação com a inflação geral de quase 3% pelo IPCA. Nos biscoitos, a alta foi ainda maior: 5,35%.
Ou seja, nem mesmo a “economia” feita pelas empresas ao trocar insumos se traduziu em alívio no bolso. No fim das contas, você está pagando mais por um produto com menor valor nutricional.