Operação contra abuso sexual infantil prende 36 suspeitos e cumpre 92 mandados de busca em 20 estados e no DF

de Návio Leão

Força-tarefa fez prisões nos estados do Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Uma operação para combater crimes de abuso sexual infantil prendeu 36 suspeitos na manhã desta quinta-feira (31). Os policiais também cumpriram 92 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal.

Um homem de Olímpia (SP), alvo de um mandado de prisão, foi preso em Guarapari (ES).

As outras prisões foram em flagrante durante buscas e apreensões nos 94 locais, nos estados do Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.

O MP informou que a operação “Lobo Mau” é para desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. A força-tarefa tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.

Conforme a investigação, um número expressivo de criminosos entram em contato com crianças e adolescentes por meio de plataformas digitais para induzi-los a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo.

Policiais apreenderam dispositivos eletrônicos utilizados para a produção e armazenamento de conteúdo sexual com menores.

A ação é realizada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público, e policiais civis do Deinter 5, em São José do Rio Preto (SP).

No noroeste paulista, policiais fizeram buscas em São José do Rio Preto (cinco mandados), resultando em três prisões. Também houve buscas em José Bonifácio, Catanduva e Mirassol.

No Piauí, agentes foram em duas cidades. Em Alvorada do Gurguéia, um homem foi preso em flagrante. Já em Teresina, objetos foram apreendidos e serão analisados pela perícia.

O Ministério Público informou que o material produzido é distribuído em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp. Conforme o MP, até jogos muito usados por crianças, como o Roblox, são utilizados na abordagem ao menores para a exploração sexual.

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