Bolsonaro
Jornal francês diz que flexibilização de armas no Brasil será um dos principais legados de Bolsonaro
O jornal La Croix desta sexta-feira (23) traz uma reportagem do enviado especial ao Rio de Janeiro, Gilles Biassette, na qual afirma que, ao longo de seu governo, o chefe de Estado brasileiro fez da liberação do porte de armas uma prioridade. Sob o título “Armas de fogo, legado de Jair Bolsonaro”.
O repórter do La Croix visitou um clube de tiro na Barra da Tijuca, um negócio que “vai de vento em popa” desde que Bolsonaro assumiu o poder, diz. Em 2019, o país contava com menos de 200 clubes de tiro; hoje, são cerca de dois mil. “Em menos de quatro anos, o número de brasileiros que obtiveram uma licença para o porte de armas passou de 120 mil para 700 mil”, destaca a matéria.
Tudo isso graças a Bolsonaro, que assinou cerca de 20 decretos em nome da legítima defesa. La Croix lembra que, embora o presidente não tenha conseguido modificar a lei sobre o porte de armas, ele ampliou as autorizações para a concessão de licenças, como para praticar tiro esportivo em clubes. La Croix ressalta que o presidente protagonizou uma “virada radical” neste tema, já que “desde o início do século, o país lutava contra as armas de fogo”. Desde 2003, por exemplo, era necessário comprovar ser alvo de uma ameaça para ser autorizado a se armar. Mas percepção sobre a questão mudou no país junto com o aumento do poder do lobby das armas nos Estados Unidos, explica o diário.
No entanto, para o jornal, “a paixão pelos grandes e pequenos calibres” no Brasil é preocupante com a aproximação das eleições de outubro, com uma campanha que ocorre sob uma forte polarização política. Para evitar fatalidades e tentar diminuir a aquisição de armas de fogo no período que antecede a votação, “a Justiça federal suspendeu alguns decretos de Bolsonaro”, destaca o jornal.
Informações: Uol Notícias
Antes da cerimônia, presidente se irritou com pergunta sobre possível exploração da viagem a Londres para fins eleitorais. ‘Acha que eu vim aqui fazer política?’, indagou Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle, participaram nesta segunda-feira (19) do funeral da rainha Elizabeth II. Eles chegaram por volta das 6h45 (horário de Brasília) à Abadia de Westminster, onde o corpo da monarca foi velado por autoridades.
Antes de deixar a residência oficial do embaixador do Brasil em Londres para participar da cerimônia, Bolsonaro se irritou ao ser questionado se a viagem poderia influenciar na campanha à reeleição ao Palácio do Planalto.
“Você acha que eu vim aqui fazer política?”, disse Bolsonaro.
Antes de ficar contrariado com a pergunta, o próprio presidente, durante entrevista e em conversa com apoiadores, introduziu o contexto político-eleitoral brasileiro.
uestionado sobre a presença no funeral da Rainha Elizabeth II, Bolsonaro afirmou que “todo mundo vai ter um ponto final”. E acrescentou que, na hora do juízo final, não vai ter ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para “descondenar uma pessoa e torná-la elegível”.
O presidente se referiu à decisão do STF que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decorrentes da Operação Lava Jato.
“O julgamento [final] vai ser pelas suas ações e omissões. Todo aquele que trabalhou contra o próximo ou que se omitiu na hora em que poderia ajudar, segundo as escrituras, para quem acredita, vai ter o seu veredito. E lá não tem gente – como alguns do Supremo, já vão falar que eu estou criticando o Supremo – para descondenar uma pessoa e torná-la elegível”, disse Bolsonaro.
Em outro momento, dirigindo-se a apoiadores, Bolsonaro voltou ao tema eleitoral. “Por que a insistência em querer botar um ladrão de volta na Presidência? Alguém acha que é uma maravilha ser presidente? Botar um ladrão, com aquela quadrilha toda, na Presidência”, afirmou.
O presidente também classificou como “canalhice” e “covardia” reportagem do portal UOL que apontou que 51 imóveis comprados pela família Bolsonaro foram pagos em dinheiro vivo.
E, sem mencionar suspeitas de desvios no seu governo, afirmou que o Brasil está há “três anos e meio sem corrupção”.
Neste domingo (18), Bolsonaro já havia explorado a viagem a Londres politicamente. Da sacada da residência oficial da embaixada brasileira em Londres, ele discursou para apoiadores e disse que vai ganhar a eleição presidencial em 1º turno.
O mais recente levantamento do instituto Datafolha, divulgado na quinta-feira (15), aponta que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no 1º turno contra 33% de Bolsonaro no primeiro turno. A pesquisa Ipec (ex-Ibope) mais recente aponta cenário semelhante: 46% para Lula ante 31% de Bolsonaro.
A postura do presidente no Reino Unido gerou desconforto entre diplomatas e críticas de adversários na corrida eleitoral. A candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíba Bolsonaro de usar imagens da viagem a Londres na campanha eleitoral.
‘Todo mundo vai ter um ponto final’
Bolsonaro também comentou a presença no funeral da Rainha Elizabeth II.
“É participar da missa. Ficar calado o tempo todo. Quem crê é lembrar que um dia vai chegar o dia dele. Todo mundo vai ter um ponto final aqui. Todo mundo, sem exceção”, declarou.
(Fonte:G1)
Posição pré-pandemia recuperada em 2021 é mantida no balanço parcial de 2022; melhor posição histórica foi em 2011
O Brasil está em 4º lugar no ranking de investimento externo direto em 2022. O relatório da OCDE do 1º trimestre é o mais recente sobre o saldo do que entra e do que sai dos países para comprar ou capitalizar empresas, entre outros itens. O documento divulgado em abril não tem os dados do Brasil por causa da greve do BC (Banco Central). O número saiu, mas com atraso. O critério usado no relatório da OCDE é o do princípio direcional, diferente do conceito usado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que o BC divulga normalmente. O Poder360 mostra o quadro completo.
O Brasil também ficou no 4º lugar global em 2021 com saldo de US$ 50 bilhões. O valor é inferior aos US$ 65 bilhões de 2019, mas superior aos US$ 28 bilhões de 2020. A pandemia derrubou os investimentos no mundo. Mais ainda no Brasil. O país ficou em 7º em 2020.
Robin Brooks, economista-chefe do IIF (Instituto de Finanças Internacionais), publicou em seu perfil no Twitter na 2ª feira (12.set.2022) que os investimentos estrangeiros estão voltando para as máximas históricas no Brasil mesmo com a proximidade das eleições.
Brooks já havia mencionado que as perspectivas de crescimento para o Brasil nos próximos anos são muito positivas. Ele atribui as dificuldades a partir de 2014 à exploração do gás de xisto nos EUA. Isso derrubou os preços do petróleo. Afirmou que nos próximos anos não será assim. O Brasil como exportador de petróleo e outras commodities será beneficiado.
PROPORÇÃO DO PIB
O saldo de investimentos externos recebidos pelo Brasil em 2021 foi o maior como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) consideradas as 15 maiores economias do ranking do Banco Mundial. A proporção do Brasil foi 3,15%. O Canadá ficou em 2º lugar, com 3,03%. A proporção mais baixa na lista foi a da Itália, com 0,4%.
Eis a proporção entre investimento externo e PIB das 15 maiores economias listadas pelo Banco Mundial:
Estados Unidos – 1,76%
China – 1,89%
Japão – 0,5%
Alemanha – 0,74%
Reino Unido – 0,86%
Índia – 1,41%
França – 0,92%
Itália – 0,4%
Canadá – 3,03%
Coreia do Sul -0,93%
Rússia – 2,16%
Brasil – 3,15%
Austrália – 1,92%
Espanha – 1,01%
México – 1,44%
ANÁLISE
A posição do Brasil no ranking global de investimentos é mais um sinal de recuperação estrutural da economia brasileira. As preocupações com a inflação (agora cedendo) e com os impasses fiscais não são supérfluas. Mas às vezes prejudicam a leitura do quadro mais amplo. São números que podem eventualmente ajudar o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma parte do eleitorado pode considerar relevante que a condução da política econômica traga perspectivas positivas para o país.
Para o país, é uma perspectiva boa independentemente do resultado da eleição presidencial.
(Fonte: Poder 360)